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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Impermeabilizantes poliuretânicos
Papo rápido
Construchemical: Além do
controle de materiais sem vo-
láteis, protegendo mais ainda
o meio ambiente e a integri-
dade física do trabalhador,
quais as vantagens dos im-
permeabilizantes poliuretâ-
nicos?
MEI Engenharia:
“Nos impermeabilizantes poliuretânicos podemos encontrar as seguin-
tes vantagens complementares: limpeza na aplicação; ferramentas de apli-
cação simples; resistência química; atóxicos; facilidade no preparo; versa-
tilidade; possibilidade de acabamento final, etc.”, enumera Santo Mauro.
Sika:
“Os impermeabilizantes poliuretânicos possuem diversas características
muito interessantes, dentre as quais podemos citar a sua excelente durabili-
dade, a possibilidade de aplicação sobre diversos tipos de substrato e o seu
alto índice de alongamento”, diz Martinelli.
Viapol:
“Uma das grandes vantagens dos sistemas poliuretânicos é que os mes-
mos permitem a utilização de materiais com dureza shore apropriada a
cada tipo de trânsito, como o de pessoas, veículos, tráfego leve e pesado,
com alto nível de resistência, aderência e durabilidade. Além disso, os no-
vos produtos permitem acabamento final decorativo, proporcionando as
Viapol Vulkem
grau técnico da impermeabilização.”
Mauro não arrisca a deduzir um
número de crescimento do mercado
como um todo, porém afirma que o
crescimento nas vendas da MEI En-
genharia em 2012 foi de 25% com-
parado com o ano anterior. “Ainda
enfrentando o grande desafio dos sis-
temas poliuretânicos para abocanhar
uma fatia maior de mercado, as bar-
reiras da inovação tecnológica, os sis-
temas tradicionais são muito enrai-
zados em nossa realidade”, observa.
Já o engenheiro RomeuMartinelli,
da Sika, diz que os impermeabilizan-
tes estão em plena expansão, pois são
utilizados cada vez mais dentro das
novas construções, “além de serem
muito utilizados em obras de refor-
mas e reparos; isto inclui todos os
sistemas, pois cada um deles possui
características próprias e aplicações
específicas”, completa Martinelli.
Novidade
Granato diz que os sistemas como
o poliuretano ainda são uma novida-
de para a grande maioria. “Não são
ainda muito conhecidos, mesmo por
parte de engenheiros e projetistas no
tema impermeabilização, principal-
mente, no que se refere aos requisitos
e características técnicas dos mate-
riais. De forma geral, estes profissio-
nais não conhecem, por exemplo, a
diferença entre um poliuretano aro-
mático e um alifático. Características
de alongamento mínimo, tensão de
ruptura, aderência, durabilidade e
Caio Eduardo Santo Mauro, gerente comercial da
MEI Engenharia
outros requisitos mínimos também
não são exigidos na contratação por
falta de conhecimento do assunto.
Por isso, recomendamos que en-
genheiros e projetistas procurem o
suporte técnico dos consultores e
projetistas especializados em imper-
meabilização e nos departamentos
técnicos dos bons e consagrados fa-
bricantes de materiais imper-
meabilizantes”, ressalta.
Martinelli enxerga que,
embora os sistemas sejam
utilizados em larga escala e
há anos na Europa, no mer-
cado brasileiro, por exemplo,
ainda trata-se de um sistema
novo com aplicações limi-
tadas a situações especiais.
“Obras mais técnicas e com
maior nível de exigência
acabam adotando com mais
frequência o sistema de im-
permeabilização com mem-
branas de poliuretano, mas este sis-
tema tem aplicações diversas e pode,
inclusive, ser uma excelente alterna-
tiva para obras residenciais e de me-
nor porte, pois possui características
interessante e uma excelente perfor-
mance”, detalha.
Há, então, como em tantos outros
nichos da construção civil, alguns
paradigmas a serem questionados,
“justamente devido à tradição de sis-
temas convencionais e a resistência
dos aplicadores e projetistas, além
do preço, que em alguns casos ainda
não é tão acessível devido à escala de
produção. Para que deixe de ser uma
novidade e passe a fazer parte da ro-
tina dos aplicadores e projetistas, é
necessária uma maior divulgação dos
sistemas, focando na apresentação de
cases e testes”, fala o gerente comer-
cial da MEI Engenharia.
As obras de infraestrutura e in-
dustriais têm sido o carro-chefe da