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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Revestimentos Anticorrosivos
a água utilizada deve ser isenta de
cloretos, a exemplo de países mais
desenvolvidos, além de uma boa
impermeabilização”, alerta Nixon
Claudio Sakazaki, coordenador de
marketing - Especialidades Quími-
cas da Bandeirante Brazmo.
Beatriz Zaki, chefe de produto
da Unidade de Negócios Inorganic
Materials, da Evonik, declara que na
área de revestimentos anticorrosi-
vos em construção civil o foco é nos
concretos armados, onde o metal
não está à vista, além de ter poten-
cial aplicação de chapas metálicas
naturais, sendo utilizadas em estru-
turas e acabamentos. “Na maioria
das vezes, as soluções são buscadas
depois que um problema na estru-
tura é identificado, o que faz com
que o reparo saia muito mais caro
do que a proteção inicial da estru-
tura. Essa proteção inicial é capaz,
inclusive, de prolongar a vida útil da
estrutura, diminuindo gastos e ci-
clos de manutenção e favorecendo a
sustentabilidade. É nessa área que a
Evonik pode participar, oferecendo
produtos tecnológicos à base de sila-
nos, que proporcionam proteção da
estrutura quando nova para evitar
danos futuros que geram altos valo-
res de manutenção; ou mesmo para
o tratamento de superfícies já dani-
ficadas pela corrosão da armadura,
de forma mais fácil e eficiente com
a consequente proteção da estrutura
para os próximos anos.”
Quando se trata de estruturas
metálicas que ficam expostas ao
tempo, mesmo que pintadas, os tra-
tamentos anticorrosivos dos metais
são essenciais para que a estrutura
possa durar quando sujeita a intem-
péries. “Hoje, já disponibilizamos ao
mercado produtos para pré-trata-
mentos de metais mais amigáveis ao
meio ambiente, como aqueles que
não utilizam o cromo hexavalente,
ou seja, são à base de água, além de
possibilitar o tratamento em menos
etapas quando comparado ao pro-
cesso normalmente utilizado. Esses
novos tipos de tratamentos à base
de silanos também proporcionam
outros tipos de efeitos nas superfí-
cies metálicas tratadas, sem neces-
sidade de aplicação de uma pintura
posterior, como o efeito de proteção
contra a água e óleo - incluindo o
efeito ‘anti finger print’, ou que não
deixam marcas de digitais - deseja-
do em estruturas metálicas expostas
como acabamentos”, explica Beatriz,
da Evonik.
Para Carlos Russo, diretor técni-
co da Adexim-Comexim, os reves-
timentos utilizados são, na verdade,
formulações de alta complexidade
específicas para cada caso. “Não po-
demos comparar um fundo anticor-
rosivo para um portão de garagem
com a formulação de proteção para
um navio de carga, ou pior ainda,
de um petroleiro ou um fundo au-
tomotivo aplicado por imersão nos
carros. Para cada caso temos uma
composição, uma resina definida,
uma série de aditivos etc., tudo isso
muito bem balanceado e testado de
forma bastante efetiva.”
Russo também afirma que não
só na construção civil, mas em to-
das as aplicações industriais, o uso
de anticorrosivos atóxicos, sempre
que possível, permite uma duração
muito mais longa. “Hoje, temos de-
rivados de fosfatos, polifosfatos, or-
tofosfatos, sílicas especiais, e outros
sistemas que oferecem alta resistên-
cia em sistemas não tóxicos. Excep-
cionalmente, precisamos utilizar
cromatos de estrôncio em sistemas
de revestimento de telhas metálicas,
pois oferecem uma vida útil muito
mais longa que os demais produtos.”
Attilio Jacobucci Junior, diretor
do Grupo Rust & Resinar, declara
que no mercado da construção ci-
vil, em especial os equipamentos e
estruturas de concreto, quando sub-
metidos à corrosão, seja pelo ataque
de produtos químicos ou pelo des-
gaste mecânico, são protegidos por
Nixon Claudio Sakazaki, coordenador de
marketing – Especialidades Químicas da
Bandeirante Brazmo
Alberto Hassessian, gerente da unidade
de negócios CAS (Coatings, Adesivos e
Especialidades) para América Latina da
Bayer MaterialScience
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