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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Revestimentos Anticorrosivos
sinar, também afirma que tanto as estruturas metálicas
como as de concreto, quando expostas a situações de
agressividade química ou mecânica, são as que exigem
maiores cuidados e desempenho dos sistemas de reves-
timentos anticorrosivos. “Reator de produção de uma
fábrica, por exemplo, responsável pela produção de
toda uma unidade, requer proteção anticorrosiva capaz
de suportar os elevados níveis de exigências químicas,
térmicas e mecânicas, objetivando uma vida útil pro-
longada e sem paradas de manutenção indesejadas.”
Todos os tipos de metais exigem uma atenção especial
quando se trata de exposição. “São produtos extremamen-
te suscetíveis à corrosão e que precisam de tratamento de
proteção, principalmente quando falamos de estruturas
metálicas em qualquer aplicação, das mais escondidas às
mais expostas, com ou sem pintura, como concreto ar-
mado, edifícios, pontos de ônibus etc.”, informa Beatriz,
da Evonik.
Para Russo, da Adexim-Comexim, as estruturas me-
tálicas merecem uma atenção muito especial. “Como
são baseadas em ferro metálico e que muitas vezes não
podem ser tratados com fosfatização química pelas suas
dimensões, utilizam superproteção. No caso do concreto
armado, o ferro metálico já recebe alguma proteção, além
do próprio cimento a sua volta, mas isso não elimina a
necessidade de esse ferro dentro do concreto ter alguma
proteção por revestimento químico.”
Oliveira, da Sika, explica que geralmente a primeira
estrutura a ser protegida é o concreto, “isso porque o ata-
que químico de determinados ácidos poderá desagregar
a pasta de cimento, deixando a brita exposta e, por isso,
o revestimento deve ser projetado para as condições de
proteção 100% da estrutura de concreto/aço”.
Tendência ambiental
Atualmente,
os
revestimentos
anti-
corrosivos seguem a
tendência mundial de
produtos ambiental-
mente corretos. “Nos
últimos anos, os pro-
dutos com alto teor
de sólidos ou mesmo
isentos de solventes,
por
apresentarem
baixo dano ao meio
ambiente, estão sendo
cada vez mais comen-
tados. No entanto,
ainda há muito para
avançar neste campo,
pois é necessário se
estabelecer uma ver-
dadeira força tarefa, in-
cluindo os fabricantes
de tintas, fornecedores
de matérias-primas e
de equipamentos de
pintura, os usuários fi-
nais, os aplicadores, os
especificadores etc., para que se estabeleçam critérios, que
visem atender às necessidades de proteção do substrato e
do meio ambiente”, salienta Hassessian, da Bayer Mate-
rialScience.
A Evonik já possui produtos sem solvente para trata-
mento de concreto armado, com processo de corrosão
ativa, produtos com “etiqueta verde” (Green Label) para
proteção inicial do concreto armado novo. “Também te-
mos a possibilidade de oferecer produtos para tratamento
de metais que são à base de água, inclusive para serem
utilizados como alternativa ao cromo hexavalente em pré-
-tratamento de metais, mostrando o mesmo desempenho
e produtos para formulação de primer rico em zinco base
água”, divulga Beatriz.
Cristine, da Colormix, destaca que os revestimentos
anticorrosivos seguem a tendência de produtos ambien-
talmente corretos, com a busca por pigmentos isentos de
metais pesados e indicados para sistemas aquosos. “A uti-
lização do Zinc Flake em primers diminui a emissão de
óxido de zinco no ar durante o processo de solda, baixo
teor de zinco e fosfato de zinco e baixo VOC.”
Sakazaki, da Bandeirante Brazmo, informa que a ten-
dência de preservação e sustentabilidade sugere que os
produtos e construções sejam mais duradouros, com
menor custo de manutenção e gerem menos resíduos.
“A Bandeirante Brazmo é um distribuidor de matérias-
-primas para as mais diversas aplicações na indústria
química, como tintas, vernizes, resinas, construção civil,
cosméticos, farmacêutico etc. Os aditivos comercializados
para esta área são cuidadosamente escolhidos entre em-
presas que tenham a mesma preocupação, por exemplo,
não comercializamos aditivos com presença de cloretos
ou outros produtos corrosivos. A preocupação deve ser
em todos os sentidos e com todos os produtos, até mesmo
com a água utilizada nas argamassas e concretos.”
Oliveira, da Sika, conta que se pode incluir alguns pro-
Resinar
Beatriz Zaki, chefe de produto da Unidade de
Negócios Inorganic Materials da Evonik