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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Lean Construction
Metodologias e ferramentas evitam
desperdícios em grandes obras
30%domaterialutilizadonaobravaiparaacaçambae,namaioriadasvezes,as
obras não são entregues no prazo
A palavra construção costuma nos remeter a dois pen-
samentos distintos. Se por um lado o termo faz uma refe-
rência ao progresso e ao crescimento, por outro algumas
pessoas fazem alusão a falta de planejamento, estresse
e desperdícios. Infelizmente essa dualidade tem senti-
do, pois o Brasil é um país que se encontra em amplo
crescimento no setor da construção e alguns parâmetros
de qualidade que existem em outros países chegaram há
pouco tempo por aqui.
De acordo com o Sindicato da Construção (Sindus-
con), o setor civil cresceu 4% em 2012 e o emprego for-
mal em construção civil deve crescer 5,9% neste ano.
Em relação à construção pesada, depois de dois anos de
resultados não muito animadores, o segmento deve re-
tomar seu crescimento. Em 2012, a produção de asfalto
(um dos principais indicadores no setor) aumentou em
4,3% segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Com um cenário animador, é natural que as construto-
ras procurem uma gestão mais eficaz dos seus recursos.
É nesse contexto que entram a Excelência Operacional
e o Lean Construction, pontos primordiais para atingir
o objetivo de remover desperdícios e estabilizar os pro-
cessos, resultando assim na melhoria da qualidade dos
processos e produtos, aumento da satisfação dos clientes,
otimização dos processos, redução de custos e redução
do prazo de entrega das obras.
Os princípios, metodologias e ferramentas da Exce-
lência Operacional envolvem temas como Supply Chain
Management, Gestão, Planejamento, Programação e
Controle de Obras, Facility Management, Estratégia de
Produção e Logística, entre outros. Tem como base o
Lean Construction (na tradução, Construção Enxuta),
cuja origem é o Sistema Toyota de Produção, também
conhecido como Lean Production, Lean Manufacturing
ou Lean System. Ao longo dos últimos cinco anos, tais
temas vêm evoluindo, principalmente na Europa e Esta-
dos Unidos; sendo implementados não apenas em obras
civis, mas expandindo-se para todos os outros tipos de
canteiros.
O Lean Construction chegou ao Brasil na década de
90 e tem sido utilizado, desde então, apenas em constru-
ção civil (obras prediais). “Nosso desafio agora é levar
a Excelência Operacional e o Lean Construction para
todos os outros setores da construção no Brasil, como
infraestrutura, pesada, eólica, portos, estaleiros, indus-
trial, entre outras. Estamos empenhados em oferecer
soluções pioneiras em Excelência Operacional e Lean
Construction, trazidas da Europa, para todas as grandes
construtoras do Brasil”, explica Jevandro Barros, diretor
do Institute for Operacional Excellence | Brasil (Iopex).
O Iopex tem sido pioneiro no Brasil junto à imple-
mentação de metodologias, ferramentas e Programas
Corporativos de Excelência Operacional e Lean Cons-
truction em médias e grandes obras. Usinas termoelétri-
cas, estádios, obras industriais, rodoviárias e ferroviárias,
pontes e viadutos, portos, estaleiros, aeroportos, linhas
de transmissão são alguns exemplos de grandes cons-
truções que podem adotar a Excelência Operacional e o
Lean Construction. “Não é só em construções prediais
que, em média, 30% do material utilizado na obra vai
para a caçamba e que obras, na maioria das vezes, não
são entregues no prazo. Em grandes construções isso
também acontece, onde os impactos são ainda maiores,
e o nosso grande desafio é mostrar que já existem me-
todologias e ferramentas capazes de resolver boa parte
destes problemas e alavancar resultados significativos
em relação a qualidade, prazos, satisfação dos clientes e,
principalmente, custos.”, finaliza Barros.
Jevandro Barros, diretor do Institute for Operacional Excellence |
Brasil (Iopex)