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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Cargas minerais para revestimentos cerâmicos
entrada, a garantia de entrega, excelência
em atendimento e excelência em quali-
dade são colocados em segundo plano
pela indústria cerâmica.”
Questões a seremdebatidas
Mesmo o mercado de minerais para
revestimento cerâmico sendo sólido e
estável, algumas questões precisam ser
abordadas a fim de fomentar o setor. “A
falta de clareza do governo na defini-
ção em relação ao novo código de mi-
neração no Brasil é, sem dúvida, uma
das principais barreiras enfrentadas
atualmente. Isso, associado ao crescen-
te custo de produção devido a fatores
como mão de obra, logística e energia,
entre outros, faz com que não haja es-
tímulo para investimentos nessa área,
tornando o setor frágil e deficitário em
determinados minerais”, diz Ferrari.
Vários colaboradores da Sibelco tam-
bém questionaram a nova legislação “No
modelo do código antigo, todo o capital
investido no setor é feito pela iniciativa
privada, que faz a prospecçãominerária e
assume os riscos decorrentes da explora-
ção. Se uma empresa localiza uma área de
exploraçãominerária, ela temprioridade.
Onovomarcodemineração tentamudar
isso, e diz que o governo vai licitar as áre-
as. Com o novo código, se uma empresa
encontrar uma área, ela não terá mais a
prioridade, dependerá do processo de
concessão. Esse modelo gera certa preo-
cupação considerando todo o tempo, re-
curso e dinheiro investido na prospecção
de áreas de interesse, sem a garantia de
prioridade para exploração da área en-
contrada”, apontamJoãoScaloppe, geren-
te nacional de vendas, Darlan Marques
coordenador de mercado e João Henri-
que Scaloppe Sibelco, gerente de vendas.
“Como já visto com alguns minerais, se
não tivermos uma política clara que fo-
mente investimentos significativos e rá-
pidos no setor, poderemos enfrentar um
apagãomineral”,alertaodiretordaImerys.
Elaine segue linha de raciocínio similar:
“A barreira mais resistente é a econômi-
ca. Temos a preocupação com a melho-
ria contínua de nossas cargas minerais
e, mesmo estando em um país tão cheio
de impostos e taxas, pensamos a cada
instante na melhoria das cargas mine-
rais que fabricamos, sem ônus para nos-
sos clientes. Somos uma empresa que se
preocupa também com a satisfação de
todos os nossos compradores, sejam eles
de pequeno, médio ou grande porte.”
As principais barreiras que a Lamil en-
frenta hoje nesse mercado são os
players
sazonais, “as pequenas empresas que en-
tram no mercado com baixo preço con-
seguem vender na indústria cerâmica,
mas não mantêm o fornecimento, bem
como o padrão de qualidade e atendi-
mento dos produtos ofertados”, ressalta
Kensley Alves de Oliveira
,
gestor técnico
comercial da empresa.
“Para os próximos anos, a Lamil,
além de manter os clientes conquista-
dos, estará ofertando ao mercado os
seus produtos e serviços, como acontece
há mais de 50 anos, porém semmaiores
perspectivas de crescimento. Hoje, os
fornecedores de cargas minerais para a
indústria cerâmica estão migrando para
mercados mais lucrativos e, portanto,
acredita-se que poderá haver uma redu-
ção na oferta de carga mineral de qua-
lidade no mercado cerâmico”, projeta
Kensley.
João Scaloppe aponta como defeitos
a informalidade, baixo nível de profis-
sionalização, infraestrutura precária e
altos custos produtivos decorrentes do
baixo nível de automação e alto desper-
dício, além da burocracia e morosidade
nos processos de licenciamento, legisla-
ção complexa, confusa e desatualizada.
Ferrari finaliza dizendo que o planeja-
mento no setor tem ocorrido no intuito
de aumentar a produtividade e reduzir
custos, fato fundamental para garantir
a competitividade das empresas forne-
cedoras. No entanto, pontua ele, muito
ainda pode ser feito nesse sentido se os
níveis de investimento forem mais sig-
nificativos.
Darlan Marques, coordenador de mercado da
Sibelco
João Scaloppe, gerente nacional de vendas da
Sibelco
Kensley Alves de Oliveira
,
gestor técnico
comercial da Lamil