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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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Aditivos Hidrorrepelentes
atual de apoio à indústria de materiais
de construção, que é um dos principais
indutores do Produto Interno Bruto
(PIB). Dentre as medidas do governo
que contribuem para o cenário otimista
estão a desoneração da folha de paga-
mento para a indústria de materiais de
construção, o Programa Minha Casa,
Minha Vida, o Programa de Aceleração
do Crescimento e a concessão de estra-
das e aeroportos à iniciativa privada.
Para o presidente daAbramat, a linha
de crédito Construcard, da Caixa Eco-
nômica Federal, também tem impul-
sionado as vendas, já que o programa
financiou R$ 3 bilhões para a compra de
materiais de construção no ano passado
e deverá encerrar o ano emprestandoR$
6 bilhões.
Na seara de aditivos hidrorrepelentes
as projeções e até os números já conso-
lidados seguem os ventos favoráveis do
mercado de construção civil. A BASF,
por exemplo, avisa que tem crescido
acima da média de mercado com a tec-
nologia Masterseal 302 e as expectativas
para 2014 são positivas “devido à conti-
nuidade de obras de infraestrutura com
concreto aparente e crescimento do seg-
mento de construção imobiliário. A va-
riação cambial em2013 impactou toda a
cadeia produtiva, gerando a necessidade
de correções por todos os agentes. Em
certos períodos houve uma apreensão a
respeito de quanto essa variação poderia
impactar nos custos da cadeia, que tive-
ram influência nos negócios emumpri-
meiro momento. Passada essa etapa, os
negócios retornam ao patamar espera-
do”, avalia Gustavo Soares, coordenador
de marketing da Unidade de Químicos
para Construção da BASF para a Amé-
rica Sul.
Viviane Stivaletti, especialista em co-
atings e dispersantes da D’Altomare, fala
que mesmo com a oscilação cambial os
aditivos hidrorrepelentes são produtos
de excelente custo beneficio e considera-
dos como um investimento, umdiferen-
cial nas aplicações. “Em 2013 tivemos
um crescimento acima do esperado.
Para 2014, acreditamos que também te-
remos um crescimento forte”, crê.
Características
Viviane explica que os aditivos hi-
drorrepelentes aumentam a durabilida-
de do substrato, proporcionando maior
longevidade às obras e construções e,
consequentemente, menor necessidade
de manutenção. “Estados Unidos e Eu-
ropa já vêm utilizando hidrorrepelentes
para proteção de fachadas há muitos
anos. Como esses países possuem va-
riação climática muito acentuada, com
temperaturas negativas no inverno e
verões bem quentes, eles têm a necessi-
dade de proteger suas construções para
que o frio ou calor excessivo não degra-
demos substratos. O silicone é excelente
para esse tipo de variação climática, pois
apresenta excelente resistência térmica,
tanto para altas quanto baixas tempe-
raturas. A indústria que mais demanda
o produto é a de construção, principal-
mente na recuperação de fachadas.”
Tendo como principal função a pro-
teção de estruturas contra ação da água,
os hidrorrepelentes, no portfólio da
BASF, são traduzidos pelo Masterseal
302, que é um hidrofugante à base de
água utilizado na proteção de fachadas
contra batidas de chuva. “Semmodificar
a aparência da superfície, repele a água,
evitando eflorescência, manchas e es-
curecimento do rejunte. Não dá brilho
e fica incolor após secar. A tecnologia
utilizada pela BASF no Masterseal 302
é um silano siloxano disperso em água,
que tem como principais características
a inalteração da superfície e o manuseio
mais simples do que aquele oferecido
pelos produtos que utilizam solventes”,
explica o coordenador de marketing.
De acordo com Soares, nos países do
Hemisfério Norte e em locais onde há
formação de gelo em estruturas é mais
comum o uso desse tipo de tecnologia.
“No Brasil, o uso destaca-se, principal-
mente, em obras de arte em infraestru-
tura”, completa.
Além de aumentarem a durabilida-
de do substrato, proporcionando maior
longevidade às obras e construções e,
consequentemente, menor necessidade
de manutenção, os aditivos hidrorrepe-
lentes, de acordo com Viviane, atuam
com novas tecnologias à base de silano
siloxano (água e baixo VOC). “Reagem
quimicamente com o substrato, deixan-
do-o hidrofóbico sem modificar sua
aparência. Os aditivos hidrorrepelentes
à base de silicone não alteram a cor do
substrato, são flexíveis, deixam o subs-
trato respirar, pois permitema passagem
de vapor de água. Possuem baixo VOC,
são produtos ecologicamente corretos
e proporcionam maior longevidade do
substrato”, completa a especialista em
Coatings e Dispersantes da D`Altomare.
Gustavo Soares, coordenador de marketing
da Unidade de Químicos para Construção da
BASF para a América Sul
Viviane Stivaletti, especialista em Coatings e
Dispersantes da D’Altomare