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CONSTRU
CHEMICAL
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O ano passado foi marcado por uma
série de protestos contra os gastos con-
siderados excessivos nos estádios brasi-
leiros que vão sediar a Copa do mundo
neste ano. Na verdade, o dinheiro para
as áreas de saúde e educação no País,
que é o que o povo tanto almeja, é que,
infelizmente, não chega de forma corre-
ta ao seu destino.
No entanto, protestos à parte, com a
construção dos estádios, o Brasil vem
dando ótimos passos rumo à constru-
ção sustentável no País. A Arena Cas-
telão, em Fortaleza, por exemplo, um dos estádios oficiais da Copa do Mundo
2014, foi a primeira Arena no mundo a receber a certificação internacional LEED
de construção sustentável em um estádio para a Copa do Mundo. Das 12 arenas
da da competição que registraram seus projetos para o recebimento da certifica-
ção internacional LEED, o Castelão já concluiu seu processo recebendo a certifi-
cação LEED, que atesta o respeito de práticas de construção sustentável nas áreas
de site sustentável, uso racional de água, eficiência energética, qualidade ambien-
tal interna, uso de materiais de baixo impacto ambiental e estímulo a inovações.
Segundo o Green Building Council Brasil, organização semfins lucrativos, que den-
tre suas atividades, promove a certificação internacional LEED, a iniciativa liderada
pelos profissionais e autoridades envolvidos, direta ou indiretamente, na concepção
e construção dos estádios em termos de inserir práticas de construção sustentável
com foco em eficiência e mitigação de impactos socioambientais, repercute no mo-
vimento internacional de green building, e fortemente contribui com a aceleração
do movimento de transformação da indústria da construção em direção a sustenta-
bilidade. Dentre os resultados positivos já podemos identificar a elevação do padrão
técnico do mercado, avanços de políticas públicas de fomento a construção verde,
estimulo a inovação, valorização de serviços essenciais para a concepção de edifica-
ções eficientes, além de inserir o movimento no importante setor de infraestrutura.
No Brasil, economia, política e esportes trouxeram alegrias e questionamentos
em2013. Emmeioa tantasdúvidas, aArenaCastelão, emFortaleza, trouxeumacer-
teza: éoprimeiroestádiodaAméricadoSul aconquistarumacertificaçãoambiental
cuja origem tem idoneidade inquestionável. Essa certificação atesta que o projeto e
a obra foram concebidos de forma a permitir uma operação sustentável e eficiente.
A construção, de acordo com critérios de sustentabilidade, permitirá ao estádio
reduzir gastos com recursos naturais como água e energia, principalmente frente
à realização dos eventos previstos durante e após a Copa doMundo. A expectativa
é que o estádio sirva de referência para outros prédios públicos no que diz respeito
à gestão dos recursos ambientais durante a construção e também durante a ope-
ração do edifício.
O caminho da sustentabilidade e da construção inteligente precisa ser seguido
por uma questão até de eficiência. É preciso incentivar profissionais e empreen-
dedores a seguir essa concepção desde o projeto, até a utilização de materiais que
permitam economia de energia e de recursos naturais, entre outros, com processos
construtivos que levem em consideração o futuro da humanidade.
Marcos Mila
Um passo para
o futuro
EDITORIAL
Ano 3 | Nº 12 - Janeiro/Fevereiro 2014
CONSTRU
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