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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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conjuntura
Blocos de concreto: panorama favorável
Fabricantespreveemestabilidade,compotencialde
crescimento no primeiro semestre de 2014
As perspectivas para o mercado de blocos
de concreto para o primeiro semestre de 2014
são de estabilidade, mas com potencial de cres-
cimento. Esse é o panorama apurado pela pes-
quisa realizada em novembro pela BlocoBrasil
-Associação Brasileira da Indústria de Blocos
de Concreto. A pesquisa exibe um retrato das
dificuldades pelas quais o setor vem passan-
do, especialmente nos dois últimos anos, mas
mostra também as expectativas positivas pelas
previsões de crescimento maior do PIB brasi-
leiro em 2014, que de acordo com a estimativa
dos agentes econômicos pode alcançar 2,5%,
praticamente o mesmo percentual deste ano.
Assim, 41% dos fabricantes de blocos de concre-
to de todo o País que responderam à pesquisa
prevêem crescer entre 5% e 20%, enquanto 38,5%
deles apostam na estabilidade dos negócios no primeiro
semestre do próximo ano. Já para 20,5% dos empresários
de blocos de concreto, a previsão é de diminuição dos ne-
gócios entre 10% e 20%.
Para os maiores empresários desse setor que prevê-
em crescimento das atividades nesse período, o merca-
do imobiliário continua sendo o principal comprador
dos blocos e pisos de concreto (34%), com as obras de
infraestrutura vindo em segundo lugar (29%), e o Pro-
grama Minha Casa, Minha Vida, em terceiro, com 27%
das respostas. Nas pesquisas semestrais realizadas an-
teriormente pela BlocoBrasil, o programa habitacional
do governo federal estava em primeiro ou em segun-
do lugar como impulsionador das atividades do setor.
Entre os empresários que apostam no aumento da de-
manda, as soluções previstas para suprir essa elevação dos
negócios são a de adotar medidas para o aumento de pro-
dutividade (29,4%) e a aquisição de novos equipamentos
(41,4%), além de oferecer treinamento especializado aos
funcionários e elevar a automatização das fábricas (38%),
entre outras. Já para os fabricantes que acreditam na di-
minuição das atividades, as medidas a serem tomadas são
a redução do número de funcionários (58%) e do número
de turnos de trabalho (32%).
Os blocos estruturais, destinados à construção de
edificações pelo sistema de alvenaria estrutural com
blocos de concreto, são apontados como o principal
segmento de negócios por 65% dos fabricantes, enquan-
to os pisos intertravados de concreto constituem o seg-
mento majoritário para 35% dos empresários do setor.
Embora o panorama geral seja de relativo otimismo,
a pesquisa realizada pela associação mostrou que 74%
dos fabricantes de blocos de concreto brasileiros esti-
mam que as margens de lucro devam ser baixas no pró-
ximo semestre, com tendência de queda, enquanto ape-
nas 31% deles prevêem situação estável nesse quesito.
Para Marcelo Kaiuca, presidente da BlocoBrasil, a pes-
quisa reflete as dificuldades atuais da economia brasi-
leira, com pequeno crescimento do PIB e baixo investi-
mento na infraestrutura por parte do governo, que se
refletem no mercado imobiliário, nas obras de infraes-
trutura e no programa Minha Casa, Minha Vida. Mas
também há perspectivas positivas, até mesmo porque
2014 é ano de Copa do Mundo e, principalmente, de
eleições, que tendem a estimular as obras. Mas Kaiuca
ressalva: “O aumento exagerado no número de fabri-
cantes de blocos de concreto nos últimos anos fez com
que a oferta de produtos superasse bastante a demanda.”
A Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Con-
creto completou dez anos de atuação em 2013. A Bloco-
Brasil tem cerca de 100 empresas associadas atualmente,
das quais 83 são fabricantes de blocos de concreto, deten-
toras do Selo de Qualidade da ABCP, que atesta a fabrica-
ção desses produtos em conformidade com as exigências
das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).