Revista ConstruChemical - Edição 24 - page 30

REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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ARTIGO
Opoliuretano rígidoe suas características
sustentáveis -omelhor sistemapara
isolamento térmicodomercado
*PorMarceloFiszner
Entre alguns dos materiais que proporcionam o isola-
mento térmico, com certeza o poliuretano rígido é hoje o
mais eficiente. Usado industrialmente de forma massiva,
seu concorrentemais próximo, opoliestireno, oferece 70%
do seuvalorde isolação, namelhordas aplicações.Depen-
dendo do uso e combinação com outros materiais, essa
diferença pode ser aindamaior. Opoliuretano (PUR), sis-
tema produzido a partir da combinaçãobalanceada e har-
mônicadeduasmatérias-primas-opoliol eo isocianato-e
o sistema poli-isocianurato (PIR) - produzido a partir da
mistura do poliol modificado emaior quantidade de iso-
cianato, oferecemo esqueleto adequadopara conter oma-
terial isolante, um agente de expansão (há vários tipos de
agentes) quefica armazenado em suas células.Os sistemas
sãoperfeitosparaatenderàsnecessidadesde todosos tipos
de aplicações, desde refrigeradores até painéis de constru-
ção, passando por câmaras frigoríficas, tanques térmicos,
refrigeradores comerciais e displays, entre outros. Hoje,
100%dos refrigeradoresnomundo levamPUem seu inte-
rior, tamanhasuareferênciaeeficácia.Nocasodomercado
de construçãobrasileiro, seuuso é voltadopara painéis de
revestimento e coberturade edificações, sendo40% indus-
triaise37%comerciais, comexcelentesoportunidadespara
ouso residencial, aindapoucoexplorado.
Diferentemente de outras espumas de poliuretano, as
infinitaseminúsculascélulaspresentesnaestruturadoma-
terial são fechadas (as células de espumas flexíveis, como
as utilizadas em colchões,
são abertas), o que per-
mite o alojamento de ga-
ses de sopro que são, em
última instância, os ver-
dadeiros isolantes térmi-
cos. Para se ter uma ideia
dessa leveza combinada
com rigidez, a densidade
típica do poliuretano rígi-
do éde cercade40kg/m³,
comparado a 1000 kg/m³
da água. Além do isola-
mento térmico inerenteao
poliuretano rígido e o iso-
lamento a chamas, conse-
guidopormeiodedesigns
específicos, também existem formulações queminimizam
os ruídos, propriedadeútilnocasodenecessidadededimi-
nuição de ruídos como, por exemplo, em hospitais, hotéis
ouaeroportos.
ADow possui a tecnologia e a experiência para produ-
zir as matérias-primas (poliol e isocianato), formulações
(mescla de polióis e aditivos) e todo tipo de combinações.
Aexcelênciano tratamentodesses componentespossibilita
a produção de espumas rígidas extremamente leves e, ao
mesmo tempo, com rigidez e resistência estrutural incom-
paráveis. Com unidades produtivas de matérias-primas e
formulações em todoomundo, aDow é lídernaprodução
de PO (óxido de propileno) e polióis, além de importante
player na produção de isocianatos e sistemas formulados.
Essa liderançaémantidae reforçadaporumaequipe técni-
cae laboratóriosemvárias localidadesdomundo, inclusive
naAméricaLatinaeBrasil.Essaampla redede laboratórios
possibilitaaproduçãodediversasaplicaçõesdepoliuretano
rígidoempequenaemédiaescala, oque, paraosparceiros,
se traduz em redução de gastos em testes dispendiosos de
protótipos.
AproduçãodePOemAratu, nordestedoBrasil,merece
um parágrafo à parte. A novamatriz energética à base de
biomassa, em substituição aogásnatural utilizado até anos
atrás, possibilita a produção de óxido de propileno com
uma reduçãona pegada de carbono em 40%. Com isso, os
poliuretanos rígidos produzidos a partir de PO brasileiro
são20%mais sustentáveis queos produzidos antes damu-
dançadamatrizenergética.
APLICAÇÕESESPECÍFICAS
Omercado latino-americanodeaplicaçõesmenos tradi-
cionais vem crescendo nos últimos anos. Entre essas apli-
cações, estão portas injetadas compoliuretano e contêine-
res refrigerados. Há inúmeras formas e tipos de aplicações
utilizadosnaproduçãodepoliuretanos rígidos.Oprocesso
produtivo desses materiais pode ser classificado de várias
formas, entre as quais, de acordo com a produção da es-
puma: spray (de células abertas ou fechadas), blocos des-
contínuos (que sãoposteriormentecortados eprocessados,
como, por exemplo, pela laminação de placas externas),
colagem de poliuretano e injeção de painéis descontínuos
(DCPs -discontinuospanels) edepainéis contínuos (DBLs
- double band lamination), a ser descrita emmais detalhes
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