Revista ConstruChemical - Edição 28

REVISTA CONSTRU CHEMICAL 16 PESQUISA Em temperaturasmaisaltas, janeladePVC proporcionamaior conforto térmico ESTUDOREALIZADOPELAFUNDAÇÃOESPAÇOECO(FEE)PARAOINSTITUTOBRASILEIRODOPVCCOMPAROU JANELASFEITASDEPVCCOMJANELADEALUMÍNIOECONSTATOUAQUELACOMMELHORECOEFICIÊNCIA Uma análise de ecoefi- ciência realizada pela Fun- dação Espaço ECO para o Instituto Brasileiro do PVC comprovou que a janela de PVC branca tem eficiência energética duas vezes supe- rior à da janela branca de alumínio, principalmente relacionada ao conforto tér- micogeradopelas alternati- vasanalisadas.Ouseja,devi- doaseuisolamentotérmico, em temperaturasmais altas, comono verãoou em regi- õesmaisquentes,quereque- remmaiorusodear-condi- cionado,a janeladePVC faz comquea trocadecaloren- treambientes internoeexternodeumaedificaçãosejamenor. A importância desses dados vem da informação constata- da pelo estudo que, entre as categorias ambientais - foram 11 analisadas, o consumo de energia ao longo do ciclo de vida das janelas é a categoria de maior relevância para esta cadeia produtiva, 31%. No processo de produção, a jane- la de PVC apresenta consumo de energia 2,3 vezes menor em relação à produção da janela de alumínio. Na monta- gem, a alternativa em alumínio deve receber a cor branca por meio de pintura eletrostática (processo que consome muita energia elétrica), procedimento não necessário para a alternativa em PVC, pois esta já possui coloração branca. A economia de energia obtida durante um ano com a insta- lação de uma janela de PVC, em detrimento a uma de alu- mínio, em habitações que possuem ar-condicionado, em todo o Brasil, seria equivalente ao consumo de 415.776 ca- sas durante um ano. Para o mesmo período, porém con- siderando o uso de seis janelas de PVC, a economia ob- tida seria equivalente ao consumo de 2.494.656 casas. “Com essa pesquisa, abrimos um canal de comunica- ção com a sociedade, apresentando as reais característi- cas dos produtos. É importante que o consumidor tenha, cada vez mais, acesso a informações técnico-científicas podendo tomar a melhor decisão sobre os produtos uti- lizados no dia a dia e obter omelhor benefício”, afirma Ro- dolpho Viana, presidente do Instituto Brasileiro do PVC. Na avaliação do impacto econômico, observou-se o pre- ço de mercado mais elevado das janelas de PVC (emmé- dia R$ 407 mais cara que a janela de alumínio). Entretan- to, essa variação inicial se dilui durante o tempo de uso do produto, devido à melhor eficiência da janela de PVC. Em outras palavras, o consumo energético, seja para refrige- rar ou aquecer um ambiente com o uso de aparelhos de ar- -condicionado, é reduzido, ao longodo tempo, comousode janelas de PVC. Na simulação de 40 anos do estudo, a dife- rença inicial de preço de mercado diminui para R$ 142,13. “Oqueosconsumidoresprecisam levaremcontaaocomprar umprodutonãoéapenas seucusto,masosbenefíciosqueele também irá gerar ao longodoperíodo que pretende utilizar. Chamamos issodePensamentodoCiclodeVida.Àmedida que apopulação consumir levando em conta esta lógica, to- marádecisõesmuitomaisassertivas”,afirmaJulianaSilva,ge- rentedesocioecoeficiênciadaFundaçãoEspaçoECO (FEE). Ametodologia utilizada no estudo foi a análise de ecoefi- ciência, ferramenta de aplicação exclusiva da FEEnaAmé- rica Latina, que compara processos e produtos baseando- -se na Avaliação de Ciclo de Vida (NBR ISO 14040). A análise considera aspectos ambientais: uso da terra, con- sumo de energia, recursos naturais, consumo de água e emissões, agregando ainda potencial de toxicidade hu- mana e riscos. Também são avaliados, com a mesma im- portância, indicadores econômicos como preço, inves- timentos, manutenção de equipamentos, entre outros. Na análise de ecoeficiência das janelas, foram contem- pladas as fases de produção, montagem, instalação, uso RodolphoViana,presidentedoInstituto BrasileirodoPVC(Créditos:ArthurCalasans)

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