Revista ConstruChemical - Edição 31

REVISTA CONSTRU CHEMICAL 23 NEWS Entramemoperação os primeiros geradores de Após dois meses em testes, os primeiros aerogeradores do Estado de São Paulo entraram oficialmente em operação no mês de setembro, na área da usina Engenheiro Sérgio Mot- ta, também conhecida como Porto Primavera, localizada no município de Rosana, na re- gião de Presidente Prudente. Nesse período as torres eólicas geraram 3 megawatts médios. Com investimento de R$ 8,3 milhões, as unidades têm capacidade de gerar por ano até 620 megawatts-hora (MWh), energia suficiente para abastecer cerca de 500 residências comconsu- momédio de 100 quilowatt-hora (kWh). “OiníciodaproduçãodeenergiaelétricapormeiodosventoséummarcoparaSãoPaulo,quecomprovaseu potencial e viabilidade econômicapara adotar ousoda geraçãode energia eólica emsuamatriz energética. Esse projetodesenvolvidoapedidodogovernadorGeraldoAlckminpodeserreplicadonoformatodeconsórciopor empresasecondomíniosresidenciais”,afirmaosecretárioestadualdeEnergiaeMineração,JoãoCarlosMeirelles. As torres possuem 30 metros de altura e pás de 10 metros de comprimento. A energia elétri- ca produzida pelos aerogeradores será utilizada no consumo interno da usina Porto Primavera. Como apoioda SecretariaEstadual deEnergia eMineração, aCompanhiaEnergética de SãoPaulo (Cesp) está desenvolvendo na usina localizada emRosana um amplo projeto de pesquisa, que visa estudar a complemen- taridade energética das fontes solar, eólica e hidráulica. Oprojeto possui 54meses de duração e sua conclusão está prevista para agosto de 2018 comumcusto total de R$ 31milhões, contabilizando o projeto de pesquisa, compra dos equipamentos, instalação e manutenção. Além das usinas solares e eólicas estão em funcionamento uma estação solarimétrica e uma estação anemométrica, que completamo projeto de P&D. “São Paulo conta com áreas de boa intensidade de ventos, onde a fonte eólica pode ser uma opção de geração de energia elétrica. Os muni- cípios commaior potencial são Jaú, Barra Bonita e Dois Córregos, na região de Bauru; Capão Bonito e Fartura, na região de Itapeva; Votoran- tim, Piedade e Itu, na região administrativa de Sorocaba; Campos do Jordão, Pindamonhangaba e Guaratinguetá, no Vale do Paraíba; e Vali- nhos, Cabreúva e Joanópolis, na administrativa de Campinas”, destaca o subsecretário de Energias Renováveis, Antonio Celso de Abreu Junior. ACesp conta coma parceria noprojeto eólicodaUSP/Fusp, Fepisa,MRTSConsultoria eMFAPConsultoriaElétrica eComércioLtda, alémdos fornecedores emontadores RTB Energias Renováveis, Base Energia Sustentável e PVSolar Energia eMeioAmbiente. ATLAS EÓLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO O Estado de São Paulo tem um potencial de aproximadamente 13 mil GWh, tendo um fator de capacidade médio de 31,3%. Os valores foram calculados a uma altura de 100 metros, considerando restrições pertinentes e velocidades de vento acima de 6,5 metros por segundo, ocupando uma área de 1.134 km². Se foremconsideradas todas as áreas comvelocidades acima de 6metros por segundo, esse potencial de geração subiria para cerca de 72mil GWh, com fator de capacidademédio de 26,6%. Oconteúdo completo doAtlas Eólico doEstado de SãoPaulo está disponível no site da Secretaria de Energia eMineraçãono endereço www. energia.sp.gov.br Jovens criamconcreto condutor de eletricidade Oconcreto convencional, comopode ser encontradohojenomercado, não é ummaterial condutor de eletricidade. Emalguns de seus usos, issonão seria, necessariamente, umdiferencial. Contudo, quandopensamos emaquecimentode ambientes e emestradas e rodovias, a energia elétrica pode ser essencial. Nas residências ou atémesmo emedifícios comerciais, o concreto condutor de eletricidade pode ser usadopara aquecer o ambiente, eliminando a necessi- dade de aquecedores, por exemplo. Mas como o produto seria necessário nas estradas e rodovias?Mundo afora, sofremos comproblemas comtrincas, fissurações e demais deformidades no asfalto. Coma eletricidade, seria possível aquecê-lo, tornandoomaterial levementemaleável e naturalmente corrigindo suas imperfeições. Já em locaismuito frios, o concreto condutor de eletricidade seria capaz de descongelar estradas cobertas por gelo, evitandomuitos acidentes de trânsito. Em seus estudos, os alunos de Engenharia de Civil do InstitutoMauá de Tecnologia já conseguiram produzir ummaterial que chegue a 63ºC e os testes ainda continuam. As conclusões doprojeto foramapresentadas aopúblicono InstitutoMauá deTecnologia, nofinal de outubro, no campus de SãoCaetanodo Sul (SP).

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