Revista ConstruChemical - Edição 32

REVISTA CONSTRU CHEMICAL 17 SILICONES que menos crescem no mundo. Temos todas as ferramentas para crescer, pois já contamos com as principais empre- sas multinacionais instaladas no país, além de empresas nacionais maduras e que se internacionalizaram.” O setor de silicone acredita que as medidas sugeridas pelo setor de construção, tais como investimento em infraestrutura, especialmente em projetos de concessões e parcerias pú- blico-privadas, com restabelecimento do crédito, retirada de impedimentos a financiamentos e melhoria no am- biente de negócios, além de iniciativas voltadas a segurança jurídica e desbu- rocratização, possam ajudar não só o setor de construção como o cresci- mento do setor de silicones O coordenador da Comissão Se- torial de Silicones da Abiquim cita alguns fatores que podem impactar positivamente no setor: “A busca por inovação, melhor eficiência e se- gurança, e, principalmente, a busca por maior durabilidade na área de construção civil são grandes aliados da indústria de silicone. Selantes, hi- drorrepelentes, agentes promotores de adesão, borrachas de silicones que resistem a altas temperaturas e capa- zes de proteger o sistema elétrico tor- naram as construções mais seguras. A evolução do uso de silicone na indús- tria de construção civil tem sido bas- tante importante, mas será ainda mais quando a área de construção civil re- tornar aos seus melhores dias.” A cadeia produtiva do setor de construção, que já teve participação de 10,5% no Produto Interno Bruto (PIB), em 2017 representou uma fa- tia menor, de 7,3% de um PIB menor, segundo o balanço anual da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O momento econômico im- pede, muitas vezes, a inovação e novos investimentos. “Para atrair novos investimentos é importante que tenhamos novas re- gulações para incentivar a demanda, como a adoção de normas que exijam a melhoria de qualidade, desempenho e resistência de produtos finais”, desta- ca Bottoni. Para Medeiros, da Momentive, o setor enfrenta a mesma dificuldade que o Brasil todo vem enfrentando e que gera insegurança para investi- mentos. “O principal ponto para me- lhorar o cenário é a retomada do cres- cimento da economia acompanhada de estabilidade política e diminuição do desemprego, que podem trazer um cenário de segurança para os investi- dores. Outro fator importante é a que- da dos juros e ampliação do crédito imobiliário.” O gerente de contas de Selantes da Momentive acredita ainda que, além dos pontos já citados, toda crise abre oportunidades e novas tecnologias. Nesse momento há portas abertas para que o setor se torne mais organizado, com menos perdas e maior eficiência. “É nesse cenário que nos perguntamos o que podemos fazer diferente e me- lhor para sermos mais competitivos e nos manter no mercado.” Maria Renata Campos, gerente de serviço técnico e desenvolvimento para Performance Silicones da Dow

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