Revista ConstruChemical - Edição 32

REVISTA CONSTRU CHEMICAL 7 SÍLICAS sequentemente, acompanhamos essa recuperação e obtivemos crescimento em relação a 2016. Para 2018, acreditamos que o mercado estará se recuperando ainda mais e estaremos acompanhando essa recuperação. Quan- to aos valores das matérias-primas, tivemos em 2017 au- mentos expressivos do preço de matéria-prima usada na produção do Cab-O-Sil e, em 2018, estamos percebendo que este cenário permanecerá.” De maneira geral, percebe-se uma demanda bastante aquecida em todo o mundo, o que acarreta, de alguma forma, pressão nos preços, explica Renato Stoicov, gerente de negócios - Sílica e Silanos, Evonik Resource Efficiency - América Latina. “Além da demanda aquecida, vem sen- do noticiada a parada de produção de alguns insumos na China, o que aumenta ainda mais a pressão em preços dos produtos. A Evonik possui produção local de algumas sí- licas e mantém estoque local de outras no Brasil. Isto nos fornece uma posição privilegiada porque conseguimos diminuir as fortes variações vistas no mundo, provendo certa estabilidade aos nossos clientes.” Para Rene Minharro Alves, gerente de operações Améri- ca do Sul da Fuji, o ano de 2017 foi muito duro para a indústria, devido às incertezas para investimentos e can- celamentos de novos projetos. “Mas 2018 já apresentou melhoras em desenvolvimentos e estamos otimistas.” A IMCD vem crescendo em sílicas, principalmente buscando mercados onde não atuava fortemente, como adesivos e construção civil, afirma Flavia Zangrandi, ge- rente de produto. “Estamos iniciando os trabalhos com esses produtos na área de construção e não estamos en- frentando problemas nem desaprovação. Os clientes estão bem interessados, pois alguns deles desconhecem o uso das sílicas. Por isso, neste ano estamos focando muito mais nesses dois mercados e certamente continuaremos a cres- cer. Enxergamos um crescimento de mercado sustentável.” Na opinião de Gustavo Soares, gerente de marketing da Wacker, o mercado brasileiro como um todo vem de- monstrando sinais de melhora nesse período de pós-crise. “Estamos otimistas com essa retomada do mercado. As tendências dos setores da indústria são relevantes para o nosso negócio e demonstram uma positividade para re- tomada em 2018. Portanto, o ‘executive board’ da Wacker espera aumentar os volumes globalmente em cada divi- são.” BENEFÍCIOS DE UTILIZAÇÃO DAS SÍLICAS As sílicas são imprescindíveis na produção de selantes e adesivos. Na aplicação de selantes, a sílica confere um au- mento nas propriedades mecânicas, como, por exemplo, maior resistência à ruptura, porém também atua nas pro- priedades reológicas do selante, aumentando sua viscosi- dade e tixotropia, fazendo com que a extrusão deste mate- rial tenha um comportamento mais uniforme durante sua aplicação, explica Nascimento, da Cabot. “Já na aplicação de adesivos, as sílicas ajudam na melhoria das proprieda- des adesivas e coesivas, bem como conferem característi- cas tixotrópicas que ajudam evitar que os adesivos ainda não curados escorram quando aplicados em superfícies verticais. Nossa linha específica de sílicas hidrofóbicas tratadas traz benefícios adicionais de estabilidade em sis- temas monocomponentes de cura por umidade, como os selantes de silicone RTV1 e poliuretanos.” Já a utilização de sílicas coloidais em concreto, como mo- dificador de viscosidade, auxilia no controle de exsudação e segregação, além de melhorar o acabamento do concreto, informa Isabela, da AkzoNobel. “A aceleração da resistência inicial permite uma desmoldagem mais cedo, ou até mes- mo redução de cimento, mantendo as resistências desejá- veis. Na estabilização de solos, suas vantagens são: ser um sistema base água e de baixa alcalinidade, não afetando a qualidade do solo em volta; e sua baixa viscosidade, permi- tindo uma fácil penetração e bombeamento em diferentes Gustavo Soares, gerente de marketing da Wacker Renato Stoicov, gerente de negócios - Sílica e Silanos, Evonik Resource Efficiency - América Latina

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