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Vendas de material de construção caem 81.000000e+0m junho

23/07/2013 - 16:07

Setor sofreu com ondas de protestos que fecharam o comércio em todo o País

A Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) diulgou nesta terça-feira, 02 de julho, os resultados de sua pesquisa mensal que indicou que as vendas do varejo de material de construção retraíram 8% no mês de junho com relação a maio. Na comparação junho de 2013 X junho de 2012, no entanto, a retração é de 4%

“Tivemos queda de vendas em todo o país em praticamente todos os segmentos, exceto metais sanitários. As regiões Sul e Sudeste foram as que mais sofreram com a redução de vendas e os dados vêm de encontro ao atual momento pelo qual o país está passando. A onda de protestos que aconteceram pelo Brasil fez com que o comércio fechasse as portas por vários dias e acabou assustando o consumidor, que optou por adiar as compras principalmente nos grandes centros urbanos”, explica Cláudio Conz, presidente da Anamaco.

Conz, no entanto, acredita que o comércio vai se recuperar dos indices negativos já no mês de julho. “Acreditamos que essa retração das vendas criou o que chamamos de ‘efeito barriga’. O consumidor adiou as compras, que devem ser efetivadas ao longo do mês de julho. Quem está construindo ou reformando geralmente tem urgência em finalizar o que já começou. Então é questão de tempo”, completa.

Com os resultados obtidos em maio, o setor de material de construção ainda apresenta um crescimento positivo de 1% no acumulado dos últimos 12 meses, porém na comparação 2013 sobre 2012, desempenho foi estável.

“Continuamos projetando um crescimento de 6,5% para este ano, pois a renda e o emprego ainda estão crescendo e a inflação de materiais de construção, medida pelo INCC até maio, apresentou uma variação positiva  de 3,08% no ano”, diz.

Prorrogação do IPI

Conz, que é membro do Conselho Curador do FGTS e do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, além de participar do Grupo de Acompanhamento da Crise (GAC), disse que o setor já começa a se preocupar com a possibilidade de o Governo Federal não prorrogar a redução do IPI incidente sobre os produtos do setor e que, atualmente, tem validade até dezembro de 2013.

“Levando em conta o que aconteceu com a linha branca e, recentemente, com chuveiros e luminárias, há uma tendência  do governo em não prorrogar a redução de IPI para além de dezembro, o que vai acarretar consequentes ajustes de preço ao consumidor final”, explica o presidente da Anamaco. “Desde o início defendemos que a redução fosse permantente, principalmente porque o nosso setor ainda está bastante fragilizado. Estamos buscando o diálogo, apresentando inclusive pesquisas que comprovam que a redução da carga tributária acarretou maior arrecadação por parte do Governo. O nosso esforço é pela prorrogação”, afirmou.

Segundo a Anamaco, o varejo de material de construção registrou recorde de faturamento em 2012, com cerca de 55 bilhões de reais. 

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