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Abiquim realiza a 22ª edição do ENAIQ

12/12/2017 - 10:12

Presidente Michel Temer participou da cerimônia de abertura do Encontro Anual da Indústria Química, que aconteceu no dia 8 de dezembro, em São Paulo

O Presidente da República, Michel Temer, participou da cerimônia de abertura da 22ª edição do ENAIQ - Encontro Anual da Indústria Química, realizado pela Abiquim - Associação Brasileira da Indústria Química, no dia 8 de dezembro, no WTC Events Center, em São Paulo.

O presidente falou sobre o compromisso de seu governo, iniciado em um período de recessão, que trabalha seguindo três premissas: diálogo, responsabilidade fiscal e responsabilidade social. “18 meses após o início do governo, já existem sinais positivos na economia, que reage apenas diante de dados concretos”.

Temer lembrou que uma das primeiras medidas de seu governo foi o compromisso em controlar os gastos públicos e eliminar o déficit. Ele afirmou que o governo está comprometido com as reformas: previdenciária e tributária, que serão benéficas a longo prazo. O presidente contou que a reforma previdenciária não prejudicará os trabalhadores e acabará com privilégios dos profissionais do setor público com altos salários. A simplificação tributária será o próximo tema a ser trabalhado pelo governo. “Isso ajudará o setor químico brasileiro a subir da oitava, para a sexta ou sétima posição no ranking das indústrias químicas mundiais”.

O presidente do Conselho Diretor da Abiquim, Marcos De Marchi, afirmou na abertura do evento a necessidade de priorizar a agregação de valor aos recursos naturais, para que a indústria possa gerar empregos, riqueza e bem-estar social. De Marchi lembrou que os produtos da indústria química estão presentes em todos os setores industriais e são uma das grandes responsáveis pela produtividade agrícola. O executivo afirmou que o setor participa dos grupos do Gás para Crescer e uma das expectativas do setor é que seja contemplado o gás matéria-prima a preços internacionais, pois a indústria química sabe transformar este gás em fertilizantes, tintas e outros produtos importantes para o emprego e o desenvolvimento.

Um fator preocupante citado pelo executivo é o crescimento da presença do produto importado no mercado nacional, que atualmente representa 38% do consumo. Mas De Marchi cita que o País é um dos mais bem posicionados para fomentar o crescimento da indústria química. “Temos abundância de matérias-primas de origem fóssil, vegetal e mineral; mercado consumidor de porte; e parque industrial completo”.

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou que em 18 meses o governo foi capaz de trabalhar com iniciativas que reanimaram a indústria de óleo e gás. Mas destacou a necessidade do País aumentar sua estrutura em oleodutos com o objetivo de melhorar a logística no Brasil. “Além de melhorar as condições para quem quer empreender no País”.

Desempenho da indústria química brasileira em 2017

A indústria química brasileira deverá encerrar 2017 com um faturamento líquido de US$ 119,6 bilhões, segundo estimativa da Abiquim e associações específicas dos segmentos ligados ao setor. O faturamento estimado para o ano é 9,5% superior ao registrado em 2016, quando a indústria química faturou US$ 109,2 bilhões. Apesar do crescimento em relação ao ano anterior o setor ainda está muito abaixo do resultado alcançado em 2014, quando encerrou o ano com um faturamento de US$ 146,9 bilhões.

Entre os segmentos, o destaque é o de produtos químicos de uso industrial, representados pela Abiquim, que deverá encerrar 2017 com um faturamento de US$ 58,1 bilhões. Já o déficit da balança comercial de produtos químicos deverá fechar o ano em US$ 23,2 bilhões, pois o Brasil importou US$ 36,8 bilhões em produtos químicos e exportou US$ 13,6 bilhões.

A indústria química brasileira se manteve na 8ª posição no ranking mundial, que considerou o faturamento de 2016, quando a indústria faturou US$ 109 bilhões. Estão a frente do Brasil no ranking: China, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Coreia do Sul, Índia e França. O setor químico brasileiro se manteve na terceira posição no PIB industrial nacional, estimulado pela queda da indústria automobilística, representando 10,8% de toda a indústria de transformação.

Enaiq 2017

Durante o evento ainda foi realizada a cerimônia de entrega dos troféus aos vencedores do Prêmio Kurt Politzer de Tecnologia 2017, que prestigia a PD&I do País, reconhecendo projetos de inovação tecnológica na área química que demonstrem inventividade e criatividade. Os prêmios foram entregues:

Na categoria Empresa, o prêmio foi concedido à Oxiteno pelo projeto “Desenvolvimento de fase contínua para fluidos de perfuração de baixa toxicidade e alta biodegradabilidade”. Na categoria Pesquisador, o prêmio foi concedido aos professores doutores Luzia Valentina Modolo e Ângelo de Fátima da Universidade Federal de Minas Gerais, pelo trabalho “Desenvolvimento de Fertilizantes à Base de Ureia com Eficiência Aumentada”. Na categoria Empresa Nascente de Base Tecnológica (Startup), o prêmio foi concedido à Wier Tecnologia Plasma Frio e Ozônio, pelo trabalho “Inovadora Tecnologia Verde para o Real Tratamento de Efluentes”.

Os alunos vencedores das Olimpíadas de Química também receberam uma homenagem e entrega de medalhas.

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