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CONSTRU
CHEMICAL
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agentesanticorrosivos
sejammetálicos, comoos açosouas ligasde co-
bre, por exemplo, ounãometálicos, comoplás-
ticos, cerâmicas ou concreto”, explica.
Os principais meios corrosivos e respecti-
vos eletrólitos englobam a atmosfera, pois o
ar contém umidade, sais em suspensão, gases
industriais, poeira, etc. O eletrólito constitui-
-se da água que condensa na superfície metá-
lica, na presença de sais ou gases presentes no
ambiente. Outros constituintes, como poeira e
poluentes diversos, podem acelerar o processo
corrosivo; solos por conter umidade, saismine-
rais e bactérias, sendo que alguns apresentam
também, características ácidas ou básicas. O
eletrólito constitui-se principalmente da água
com sais dissolvidos; águas naturais (rios, la-
gos e do subsolo), pois as águas podem conter
sais minerais, eventualmente ácidos ou bases,
resíduos industriais, bactérias, poluentes diver-
sos e gases dissolvidos. O eletrólito constitui-se
principalmentedaáguacom saisdissolvidos.Os
outros constituintes podem acelerar o processo
corrosivo; águadomar: estaságuascontêmuma
quantidade apreciável de sais. A água do mar,
em virtude da presença acentuada de sais, é um
eletrólitopor excelência.
Ainda de acordo com o Souza Pimenta, ou-
tros constituintes, como gases dissolvidos, po-
dem acelerar os processos corrosivos: “Produ-
tos químicos que em contato com água ou com
umidade formemumeletrólitopodemprovocar
corrosão eletroquímica. Já as reações que ocor-
rem nos processos de corrosão eletroquímica
são reações de oxidação e redução. As reações
naáreaanódica, anododapilhadecorrosão, são
reações de oxidação. A reaçãomais importante
e responsável pelo desgaste do material é a de
passagem do metal da forma reduzida para a
iônica combinada. As reações na área catódica
são reações de redução. As reações de redução
são realizadas com íons domeio corrosivo ou,
eventualmente, com íonsmetálicos
da solução”, diz.
A Kryll Advanced traz para o
Brasil os agentes de cura daCardo-
lite, que alémde curar tintas epóxi,
também é usado como anticorro-
sivo. “O desempenho deste tipo
de produto pode trazer benefícios
muito interessantes, como, por
exemplo, a redução ou até mesmo
a eliminação do uso de pigmentos
anticorrosivos, que agregammuito
valor a fórmulas”, informa Marce-
lo Nogueira, general manager da
Kryll.
Tiposdecorrosão
De acordo como artigopublica-
do no site
por Jennifer Fogaça, graduada em química, há três tipos de corro-
são: a corrosão eletrolítica, a corrosão química e a corrosão eletro-
química. “Geralmente, quando se falanesse assuntoaprimeira coi-
sa que vem à nossamente é a corrosãodemetais, principalmente a
do ferro, gerando a ferrugem. No entanto, outrosmateriais podem
sofrer corrosão, tais comoospolímeros eas estruturas feitasdecon-
creto armado. Realmente, a corrosão estámuito presente emnossa
sociedade e representa grandes perdas econômicas, pois todo tipo
de corrosão está relacionada à diminuiçãodo tempode vida de um
material”, fala Jennifer.
Há três formas de omeio agir sobre omaterial, degradando-o;
por isso, a corrosão é classificada em eletroquímica, química e ele-
trolítica. Entenda comoocorre cadaumadelas:Corrosão eletroquí-
mica - esse é o tipo de corrosãomais comum, pois é a que ocorre
comosmetais, geralmente na presença de água. Ela pode se dar de
duas formas principais: quando o metal está em contato com um
eletrólito (solução condutora ou condutor iônico que envolve áre-
as anódicas e catódicas aomesmo tempo), formando uma pilha de
corrosão. Na presença de oxigênio, esse composto é oxidado a hi-
dróxido de ferro III (Fe(OH)3), que depois perde água e se trans-
formanoóxidode ferro (III)mono-hidratado (Fe2O3.H2O), que é
um compostoque possui coloração castanho-avermelhada, isto é, a
ferrugemque conhecemos.Quandodoismetais são ligados porum
eletrólito, formandoumapilha galvânica. “Por exemplo, se colocar-
mos uma placa de cobre e uma de ferro, ambasmergulhadas num
eletrólitoneutro aerado epostas em contato, formandoum circuito
elétrico, cada placa se tornará um eletrodo. O ferro será o ânodo,
oxidando-se e perdendo elétrons quemigram para o cátodo (placa
de cobre), que por sua vez, é reduzido. O ânodo sofrerá o desgaste,
formando a ferrugemno fundodo recipiente”, detalha Jennifer.
Jáacorrosãoquímicaéoataquedealgumagentequímicodireta-
mente sobre determinadomaterial, que pode ounão ser ummetal.
Ela não precisa da presença de água e não há transferência de elé-
trons como na corrosão eletroquímica. Concreto armado de cons-
truções pode sofrer corrosão com o passar do tempo por agentes
CarlosRusso, diretor técnicodaAdeximComexim
Viviane Stivaletti, técnica especialistada
D’Altomare