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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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impermeabilizantes epóxi
das obras de construção civil,
entende Michel Haddad, coor-
denador técnico da Sika. “Há
de se imaginar que, por se tra-
tar de impermeabilizantes de
base epóxi, ou seja, um pro-
duto com valor mais alto que
os convencionais, esse percen-
tual seja mais alto; por outro
lado eles também são empre-
gados em obras onde o custo
de reparação por falta de uma
especificação adequada tam-
bém sobe proporcionalmente.
Entretanto, vemos a cada dia
uma maior preocupação com
questões de meio ambiente e
de órgãos de fiscalização so-
bre esses projetos específicos
onde esses impermeabilizan-
tes são empregados, o que tem
gerado maior procura. Hoje
recebemos, em média, de duas
a três consultas por mês de
projetos que requerem um sis-
tema de impermeabilização de
alto desempenho onde os pro-
dutos à base de resina epóxi
constituem uma alternativa.”
Tais projetos, observa Ha-
ddad, referem-se basicamente
a obras onde a estrutura de
concreto está exposta a um
ambiente agressivo, com pre-
sença de produtos químicos e
vapores ácidos, presentes em
indústrias que manipulam es-
ses produtos no processo pro-
dutivo e, também, no merca-
do de saneamento, onde o
processo de tratamento de es-
goto também gera ataque do
concreto. Assim, pode-se lis-
tar locais de uso desses pro-
dutos:
Na indústria:
- A própria estrutura de
pilares, vigas, fundo de lajes
pela exposição a gases e vapo-
res ácidos que atacam o con-
creto;
- O piso da indústria que
demanda um piso epóxi que,
dentre outros requisitos, deve
ser impermeável;
- Diques de contenção em
áreas de armazenamento de
produtos químicos como pro-
teção do solo;
- Estações de tratamento de
efluentes gerados no processo
de produção;
No saneamento público:
- Em estações de tratamen-
to de esgoto onde a presença
de gás sulfídrico em contato
com a umidade do ar forma
ácido sulfúrico que ataca o
concreto.
José Eduardo Granato, ge-
rente comercial da Viapol,
concorda que os impermea-
bilizantes epóxi são produ-
tos bastante indicados para
superfícies de concreto que
exigem resistência mecânica
e química, incluindo ambien-
tes industriais. Ele cita, por
exemplo, a impermeabiliza-
ção de lajes de estacionamen-
to de veículos em edifícios co-
merciais e residenciais, já que
são áreas molháveis (laváveis,
além de muitas vezes os veí-
culos estacionarem em dias
de chuva, molhando o piso)
e a água acarreta, a médio e
longo prazo, a corrosão das
armaduras das estruturas. Ele
também lembra da proteção
de áreas de pisos industriais
sujeitos à contaminação quí-
mica. “Temos também como
opção a impermeabilização de
ETE (Estação de Tratamento
de Esgoto), ETA (Estação de
Tratamento de Água), tan-
ques de resíduos industriais,
cortinas de subsolo entre ou-
tras aplicações.”
Para Granato, se o setor
da construção civil cresce,
o mercado de impermeabi-
lizantes também cresce. “O
aquecimento do mercado,
juntamente com o trabalho de
difusão destes produtos, tem
contribuído para ampliar a
busca por impermeabilizan-
tes. Também destacamos as
novas exigências das normas
de desempenho NBR 15575,
que, em breve, entrarão em
vigor e que, certamente, pro-
porcionarão um aumento de
demanda por sistemas de im-
permeabilização, incluindo os
do tipo epóxi.”
O gerente comercial da Via-
pol recomenda que os produ-
tos sejam aplicados por pro-
fissionais capacitados, que
possuam condições de verifi-
car quais as soluções mais in-
dicados para cada aplicação,
Michel Haddad,
coordenador técnico
da Sika