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CONSTRU
CHEMICAL
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argamassas poliméricas
temas mais utilizados pelas constru-
toras na impermeabilização de áreas
frias. “Também tem crescido na im-
permeabilização de caixas d’água e
piscina. As obras de pequeno porte e
as conduzidas pelo consumidor final
também utilizam bastante na corre-
ção de umidade em rodapés.”
Já para Daniel Arruda, gerente
de marketing da Dow Construction
Chemicals para América Latina, é di-
fícil quantificar o mercado, uma vez
que ele é dividido em diversos seto-
res. “Mas podemos falar em relação
a cada uma das áreas. Por exemplo,
para rejunte e impermeabilização, a
argamassa polimérica domina o mer-
cado brasileiro. Já na área de assenta-
mento de blocos e reboco, a conven-
cional é mais utilizada. De maneira
geral, podemos afirmar que o mer-
cado de argamassas poliméricas está
em ascensão no Brasil, uma vez que
suas vantagens diante da convencio-
nal são grandes.”
Argamassas poliméricas x
convencionais
Existe muita diferença entre um
tipo e outro. As argamassas conven-
cionais são usualmente dosadas em
obras e constituídas por cimento, cal,
areia e água. “Já as argamassas poli-
méricas são produtos industrializa-
dos e possuem adicionalmente na sua
formulação um componente aglome-
rante que pode ser, por exemplo, um
polímero em pó. Além disso, as arga-
massas cimentícias tradicionais apre-
sentam dificuldades na hora de cum-
prir todos os requisitos da tecnologia
da construção moderna. Uma razão
simples para isso é que elas se ligam
por fixação mecânica aos substratos
porosos. Entretanto, hoje, nem os
azulejos nem os distintos substratos
utilizados nas construções são sufi-
cientemente porosos para esse tipo
de assentamento. Em relação às ar-
gamassas colantes, a utilização de po-
límeros em sua composição confere
como vantagens melhor performan-
ce relativa à propriedade de adesão,
maior eficiência no assentamento dos
revestimentos e, consequentemente,
maior durabilidade e melhor estéti-
ca. Já as argamassas de assentamento
têm um menor consumo e melhor
desempenho estrutural do sistema
construtivo devido a sua flexibilida-
de”, explica Grimaldi, da Wacker.
Para Ana Claudia Barboza, ge-
rente de pesquisa e desenvolvimento
da Dow Construction Chemicals, a
principal diferença está na compo-
sição da argamassa. “A cimentícia é
composta por areia, água e cimento.
Já a argamassa polimérica possui adi-
tivos na formulação, como polímeros
acrílicos, pós redispersíveis e éteres
de celulose, que são incluídos para
melhorar o desempenho do produto.
Os aditivos poliméricos nas argamas-
sas oferecem uma série de benefícios,
dentre os quais se destacam excelente
adesão à diversas superfícies, melho-
ra da trabalhabilidade e do tempo
em aberto, resistência a variações
climáticas, resistência à abrasão, hi-
drorrepelência e maior flexibilidade
da argamassa. Esses benefícios são
fundamentais para atender à deman-
da por produtos de maior qualidade e
com mais tecnologia, promovendo a
redução nos custos com mão de obra
e gastos com manutenção, além de
contribuir para elevação dos padrões
das construções.”
Gustavo Soares, marketing re-
gional químicos para construção da
BASF, afirma que as argamassas im-
permeabilizantes ou poliméricas são
utilizadas com a finalidade de im-
permeabilizar superfícies, enquanto
as argamassas colantes são utilizadas
para o assentamento de cerâmicas e
pedras naturais, e as demais argamas-
sas cimentícias, para assentamento
de blocos. “As argamassas imper-
meabilizantes possuem custo mais
competitivo do que alternativas para
a impermeabilização de baldrames,
muros, cozinhas, banheiros, sacadas,
piscinas e caixas d’água. Ainda são
relativamente simples de aplicar e
não necessitam de mão de obra espe-
cializada, como as mantas asfálticas,
além de serem uma solução de bom
custo benefício.”
Na opinião de Luiz Gomes Bar-
bosa Júnior, diretor da Novacolor, a
única similaridade das argamassas
polimérica e convencional está na
função, que é aderir blocos e tijolos.
“O sistema de cura é diferente, a apli-
cação e o produto curado também são
diferentes. Na argamassa polimérica
Gustavo Soares, marketing regional químicos
para construção da BASF
Daniel Arruda, gerente de
marketing da Dow Construction
Chemicals para América Latina