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REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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agentes de cura
(ausência de porosidade, dificultando a proliferação de microor-
ganismos), facilidade de aplicação, “pois não existe maquinário e
o tempo de instalação é inferior ao revestimento cerâmico/cimen-
tício, oferecendo alta resistência química e mecânica, ausência de
cantos vivos, o que não acumula poeira, bem como custo competi-
tivo quando comparado a similares.”
As principais aplicações dos agentes de cura estão em composi-
ções cimentícias, como concreto e argamassas, de acordo com José
Eduardo Granato, gerente das unidades de Aditivos para Concreto
e Argamassas, Pisos Industriais, Recuperação e Reforço Estrutural
da Viapol, pois possibilitam a retenção da água necessária para a
hidratação do cimento, como em pavimentos rodoviários e indus-
triais, lajes e outras estruturas expostas ao ambiente, principalmen-
te as mais sujeitas a condições ambientais como excesso de vento,
baixa umidade e elevado calor, que acarretam a elevada evaporação
da água de hidratação do concreto. O mesmo pode valer para re-
vestimentos de argamassa e outras aplicações.
“A falta de cura do concreto faz com que a camada superficial
deste perca a água de hidratação, tornando-a fraca, de baixa re-
sistência à abrasão, porosa e permeável aos agentes agressivos. A
evaporação da água mais rápida que o aumento da resistência gera
tensões internas no concreto e, com isso, a retração ocorrerá e a
fissuração por retração plástica será inevitável”, alerta.
O ressecamento da superfície concretada, que aumenta por
meio de vento mais seco e temperatura elevada, explica Granato,
leva à perda da água residual do concreto, fazendo com que não
haja água residual suficiente para a correta hidratação do cimento.
Com isso, certamente haverá perda de resistência, principalmente
na região da superfície superior do concreto, tornando-a degradá-
vel e de menor resistência. Esse fato acarreta também baixa resis-
tência à abrasão em pisos industriais.
Em temperaturas muito baixas e clima seco, segundo Granato,
a hidratação muito lenta do
cimento e a rápida evapo-
ração da água são fatores
de perda de resistência, que
provoca baixa resistência,
inclusive resistência super-
ficial do concreto à abrasão
de pisos e pavimentos.
“A construção moderna
exige velocidade e baixos
custos. A execução de cura
com água, que necessita
mantas de cura, é trabalho-
sa e cara quando compara-
da com agentes de cura, que
são muito rápidos na apli-
cação”, afirma Granato.
Benefícios
A Kryll Advanced Ma-
terials está trazendo para
o Brasil, por meio de sua
Marcelo Nogueira, gerente geral da Kryll
Fernando Matta, gerente comercial - Epóxi Aditivos
América do Sul da Air Products
representada Cardolite, as fenalcaminas e fenal-
camidas, que são utilizadas em tintas e adesivos
epóxicos para concreto e estruturas de aço que re-
queiram alto desempenho e proteção. “Esses pro-
dutos são agentes de cura renováveis derivados do
óleo extraído da casca do caju (CNSL) e não inter-
ferem com a cadeia alimentícia”, observa o gerente
geral da empresa, Marcelo Nogueira.