Revista ConstruChemical - Edição 13 - page 31

REVISTA
CONSTRU
CHEMICAL
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tecnologia
Madeira laminadacolada, o futurobateàporta
daconstrução
Presentenosmaisimportanteseventosinternacionaisnosetordemadeiraparacons-
trução,aMontanaQuímicadestacaavançostecnológicoseoquevemporaínosetor
Cross Laminated Timber (CLT), ou madeira lamina-
da cruzada, é umanova geraçãode produtos demadeiras
que ganhou força apartir dofinal dos anos 90 seguindoo
movimento emergente de construção verde naEuropa. O
CLT oferece uma forte combinação de desempenho am-
biental ede sustentabilidade, flexibilidadededesign, custo
competitivo e integridade estrutural.
Os painéis de CLT são constituídos de várias camadas
de peças demadeira colocadas umas nas outras transver-
salmente (tipicamente a 90 graus) e coladas nas faces do
maior comprimento e, às vezes, nas faces mais estreitas.
Uma seção transversal de um elemento de CLT tem pelo
menos trêscamadascoladasdeplacascolocadasemorien-
tação alternadaperpendicularmente às camadas vizinhas.
Permite uma produção em série de grandes estruturas
fortes e duráveis para construção civil. CLT foi uma es-
pécie de “bola da vez” durante o encontro internacional
acompanhado pelaMontana nos Estados Unidos. Todos
os anos a empresa acompanhaoquehádemais avançado
em todo omundo no campo da tecnologia para utiliza-
çãodamadeira tratada. Este ano, a iniciativa foi diferente.
No período de 9 a 11 de junho, duas entidades de ponta
no setor madeireiro internacional realizaram um evento
conjunto emAustin, nos EstadosUnidos, para apresentar
e debater produtos e processos inovadores para constru-
ção emmadeira. Uma das entidades é a Forest Products
Society (FPS), da qual aMontana émembrona América
doSul, aoutra, aSocietyofWoodScienceandTechnology
(SWST).Oprofissional enviadopelaMontanaQuímicaao
evento foi seudiretor técnico,DulcídioRamiresMacedo.
SegundoMacedo, trata-se de entidades semfins lucra-
tivos que têm por objetivo difundir o conhecimento tec-
nológico atualizado sobremadeira e estabelecer uma rede
de informações. “A FPS foi criada em 1947 com foco em
desenvolvimento profissional, gestão industrial, marke-
ting, engenharia, consultoria e açõesdegovernosno setor
madeireiro-industrial. Para alcançar suasmetas promove
conferências, como esta em conjunto com a SWST, publi-
ca livros técnicos e o periódico especializado Forest Pro-
ducts Journal”, explicao executivo.O evento realizado em
Austin reuniu cerca de 400 pessoas, entre doutores, pro-
fessores, empresas de consultorias, instituições governa-
mentais, indústrias e estudantes emais de cem trabalhos
foram apresentados empalestras, pôsteres e os chamados
“suppliers› showcase”, em que fornecedores expõem seus
produtos e serviços empequenos espaços.
Os temas do encontro foram bastante variados. “Além
de preservação demadeira, foram apresentados adesivos,
marketing sobre novos usos, biomassa, LCA, estruturas
diversas em CLT que vêm ganhando força nos Estados
Unidos, e já marcam forte presença nos mercados euro-
peu e canadense. Em 2016 a SWST deverá promover um
encontro técnico no Rio de Janeiro, conjuntamente com
a International Union of Forest ResearchOrganizations”,
informaMacedo.O focodesteeventoémais amplo, inclui
orientaçõesparapequenosprodutoresflorestaisorganiza-
rem e legalizarem sua produção. “O estudodestas entida-
des sobre a atividadeflorestal vai deponta aponta, come-
ça no cultivo, passa pelas atividades econômicas como a
construção civil, a geração de energia, até o seuusofinal.
Fazendo uma análise de ciclo de vida (LCA) observamos
uma ampla vantagem da madeira em comparação com
outros materiais construtivos. Há casos exemplares nos
Estados Unidos de contribuição da matéria-prima para
diminuir passivos ambientais. Utilizando restos de ma-
deira, dentre eles amadeira de demolição, uma usina em
Seattlediminuiuem40%a suaqueimadecarvãomineral.”
Conhecimentoecompetitividade
Macedo trouxe na bagagem algumas peças valiosas
que, aos poucos, serão compartilhadas com profissio-
nais técnicos e parceiros da Montana. É conhecimen-
to sobre tecnologia de madeira recém-saído do forno.
Basicamente, são três livros que abordam aspectos da
preservação demadeira, tecnologia de CLT e biomassa.
“No Brasil também vai chegar a hora de normalizar e
produzir CLT com qualidade, para sermos competitivos
no mercado madeireiro diante do desafio proposto por
grandes e globais ‘players’, como EUA, Rússia e China”,
destaca o profissional. São as seguintes as obras: “CLT
Handbook –Cross LaminatedTimber”, editado por Ka-
racabeyli, F. &Douglas, B., de 2013; “Managing Treated
Wood inAquaticEnvironments”, editadoporMorell, J.F.
e outros, 2013; e “Woody Biomassa Utilization”, da FPS
International Conference on Woody Biomass Utiliza-
tion, Starkville, 2009.
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